ATA DA SEXTA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 23-03-2000.

 


Aos vinte e três dias do mês de março do ano dois mil reuniu-se, no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear os duzentos e vinte e oito anos da Cidade de Porto Alegre, nos termos do Requerimento 27/00 (Processo nº 698/00), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a MESA: o Vereador João Motta, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor José Fortunati, Prefeito Municipal de Porto Alegre, em exercício; o Senhor Igor Moreira, representante da Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Sul; o Coronel Irani Siqueira, representante do Comando Militar do Sul; o Senhor Nilton Lerrer, Presidente da Associação Nova Azenha, o Vigário Vicente Canapaum, representante da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes; o Senhor Valdir Bronzatto, Presidente da Junta Comercial de Porto Alegre; o Senhor Guilherme Landell de Moura, Provedor da Irmandade do Arcanjo São Miguel e Almas; o Senhor Sérgio Ilha Moreira, representante do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense; a Senhora Elaine Paz, Secretária de Governo do Município de Porto Alegre; a Senhora Sandra Neumann, Representante da Secretaria Estadual de Obras Públicas e Saneamento; o Vereador Nereu D'Avila, 1º Secretário da Casa. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Nacional, executado pela Banda da Brigada Militar, sob a regência do Sub-Tenente Marco Aurélio. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador Elói Guimarães, em nome da Bancada do PTB, registrou a importância da realização da presente solenidade no Bairro Azenha, face à representatividade histórica e à expressividade comercial dessa região da Cidade, declarando que esse Bairro foi palco de importantes fatos relativos à Revolução Farroupilha. O Vereador Nereu D’Avila, em nome da Bancada do PDT, parabenizou a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre pela realização da presente Sessão Solene no Bairro Azenha, tecendo considerações sobre a origem, o desenvolvimento e o papel histórico representado por esse Bairro no contexto da Cidade de Porto Alegre. O Vereador João Dib, em nome da Bancada do PPB, ao prestar sua homenagem aos duzentos e vinte e oito anos do Município de Porto Alegre, rememorou aspectos relativos à atuação dos Senhores José Loureiro da Silva, Telmo Thompson Flores e Guilherme Socias Villela no cargo de Prefeito Municipal de Porto Alegre. O Vereador Cláudio Sebenelo, em nome da Bancada do PSDB, historiou fatos relativos à infância de Sua Excelência, passada no Bairro Azenha, descrevendo a paisagem e o comércio local à época e procedendo à leitura de poema de sua autoria, intitulado “Porto Alegre, Vento e Rio”, o qual homenageia a Capital pelo seu aniversário. O Vereador Renato Guimarães, em nome da Bancada do PT, comentou as aspirações, lutas e esperanças da população porto-alegrense em um futuro melhor, declarando a importância da preservação da cultura, da origem e do patrimônio histórico da Cidade e manifestando-se favoravelmente à instalação de um novo modelo socioeconômico no País. A Vereadora Clênia Maranhão, em nome da Bancada do PMDB, destacou a relevância da iniciativa da Câmara Municipal de Porto Alegre, no sentido de realizar atividades alusivas ao aniversário da Cidade de Porto Alegre fora do Palácio Aloísio Filho, afirmando que tal proposta visa a estreitar os laços entre a Casa e a comunidade. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome da Bancada do PSB, comentou os laços pessoais que ligam Sua Excelência ao Bairro Azenha e à Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, salientando a importância da atividade comercial desempenhada nesse Bairro e parabenizando a todos os que escolheram a Cidade de Porto Alegre para viver. O Vereador Lauro Hagemann, em nome da Bancada do PPS, externou sua alegria em poder participar da presente homenagem aos duzentos e vinte e oito anos de fundação de Porto Alegre, ressaltando as belezas naturais e arquitetônicas existentes na Cidade e afirmando o caráter progressista apresentado pela sua população. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Nilton Lerrer, Presidente da Associação Nova Azenha, que agradeceu pela escolha do Bairro Azenha para a realização da presente solenidade, destacando que o amor externado por todos à Cidade de Porto Alegre deve estar acima de disputas político-partidárias. A seguir, o Senhor Nilton Lerrer, juntamente com sua esposa, procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de lembrança alusiva à presente solenidade. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor José Fortunati, que teceu considerações sobre aspectos atinentes à qualidade de vida apresentada por Porto Alegre, historiando fatos relativos à fundação e ao desenvolvimento da Cidade ao longo do tempo. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem o Hino Rio-Grandense, executado pela Banda da Brigada Militar, sob a regência do Sub-Tenente Marco Aurélio, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezesseis horas e vinte e oito minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador João Motta e secretariados pelo Vereador Nereu D’Avila. Do que eu, Nereu D’Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (João Motta): Estão abertos os trabalhos da presentes Sessão Solene, destinada a homenagear os 228 anos da Cidade de Porto Alegre.

Convidamos para compor a Mesa o Sr. José Fortunati, Prefeito em exercício; Representante da Procuradoria Geral do Estado, Dr. Igor Moreira, Procurador-Geral Adjunto; Representante do Comando Militar do Sul, Cel. Irani Siqueira; Presidente da Associação Nova Azenha, Sr. Nilton Lerrer; Representante da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Padre Vigário Vicente Canapaum; Presidente da Junta Comercial, Sr. Valdir Bronzatto; Provedor da Irmandade do Arcanjo São Miguel e Almas, Sr. Guilherme Landell de Moura; Representante do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Sr. Sérgio Ilha Moreira; Secretária do Governo Municipal, Sra. Elaine Paz; Representante da Secretaria Estadual de Obras Públicas, Saneamento e Habitação, Sra. Sandra Neumann.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional, interpretado pela Banda da Brigada Militar.

 

(É feita a apresentação da Banda da Brigada Militar.)

 

Gostaríamos de saudar os presentes e registrar a satisfação da Câmara de Porto Alegre em estar realizando esta Sessão, aprovada pelo Plenário, e dizer da importância que é para a Câmara Municipal de Porto Alegre a realização desta Sessão Solene, aqui no Bairro Azenha.

Se formos memorizar o desenvolvimento econômico da Cidade de Porto Alegre, certamente, algumas páginas deverão ser dirigidas para contar a história do centro de comércio existente aqui neste Bairro. São mais de trezentas empresas, dezenas de empregos, muitas famílias que ao longo de décadas e gerações foram responsáveis pela construção desse patrimônio da nossa Cidade. Portanto, esperamos que nesta Sessão também se discuta uma melhor forma de reconstituirmos esse centro de comércio de bairro e outras condições capazes de fazer com que, frente ao processo de globalização e da tendência da localização do consumo nos grandes centros de comércio, que o Poder Público tome ciência da importância de também trabalharmos um projeto que revitalize o centro de comércio do Bairro Azenha.

Para lembrar a memória histórica, foi aqui no Bairro Azenha, que a Revolução Farroupilha começou. Isso é importante para nós que moramos aqui e que amamos esta Cidade. Com isso, damos a justificativa desta homenagem a todos vocês, além do interesse que a Câmara Municipal tem de estreitar e aproximar cada vez mais os trabalhos com o povo da nossa Cidade.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra pela Bancada do PTB.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O grande número de pessoas inscritas para se pronunciar, faz com que façamos uma explanação rápida.

Quero dizer que este é um momento importante para Porto Alegre, quando a Cidade comemora os seus 228 anos, exatamente aqui no Bairro Azenha. Azenha que poderíamos chamar de resistente, porque foi aqui, nos combates da Revolução de 35, que os imperiais tiveram a verdadeira resistência contra os farroupilhas. Foi na Ponte da Azenha que se deu o forte e grande embate entre as forças imperiais e as forças Farroupilhas. Então, a Azenha é, indiscutivelmente, o território, a base da resistência. Resiste ainda hoje a todo esse processo que altera os padrões comerciais. Está aqui a Associação dos Empresários da Azenha, representada pelo Presidente e demais integrantes, uma figura fundamental neste movimento, que é o Sr. Bronzatto. A Azenha tem, por assim dizer, capitaneado um debate que reputo da maior importância, até no sentido de despertar para essa realidade existente, que é a questão da globalização. Mais do que a globalização, esse modelo econômico concentrador se expressa na área do comércio. A Azenha, a Assis Brasil, esses eixos comerciais importantes, exercem, na minha opinião, o melhor modelo comercial, que é o comércio de lojas a céu aberto, de forma horizontal, contrapondo-se ao modelo concentrador, que temos hoje representado na figura dos Shopping Centers, que é a radicalização da racionalização. Ali se concentra tudo! A impressão que se tem, nós de um país em desenvolvimento, quando entramos no Shopping, é que estamos entrando no Primeiro Mundo. Não somos do Primeiro Mundo, mas quando entramos dentro desses conglomerados econômicos, temos essa impressão. Uma realidade muito desajustada à própria sociologia.

Sr. Presidente, a Azenha, o comércio da Azenha, os empresários da Azenha, a sua comunidade, resistem, com suas atividades de forma horizontal, gerando empregos, porque a economia concentrada racionaliza, desemprega e exclui. Portanto, fica aqui a nossa homenagem à Azenha por toda a sua história, por toda sua ação presente, através da sua associação, quando comemoramos os 228 anos desta Cidade que nos pertence; desta Cidade querida, que é a Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra, pelo PDT.

 

O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Feliz a idéia, Nilton Lerrer, que em nome da diretoria lidera tão bem este Bairro, de em simbiose, em concatenação com a Câmara, pelos 228 anos da Cidade de Porto Alegre, fazer esta Sessão aqui neste Bairro.

Em pesquisa que fiz, pude constatar que é o único bairro de Porto Alegre, e para mim até foi novidade, que mantém o seu nome original: Bairro da Azenha.

E eu gostaria de situar, para a história da Cidade de Porto Alegre, quatro datas importantes deste Bairro: A primeira é 1760, quando Francisco Pereira, o Chico da Azenha, plantava trigo, que era exportado, e ele tinha uma azenha, que é a água que força uma roda a girar e que produz força. Isso é um moinho que chamava-se, e ainda é sinônimo, de azenha. O Chico da Azenha ficava onde hoje é o Hospital Ernesto Dorneles. Essa é a primeira referência de data para este Bairro.

A segunda é aquela pela que todos nós nos ufanamos: foi o famoso entrevero de 19 de setembro de 1835, quando o então Visconde de Camamu chocou-se com aquele que viria a ser o Cabo Rocha, que não era cabo, era major, Manoel Francisco da Rocha, e que por razões conhecidas teve de se tirar o nome do Cabo Rocha e se colocar Prof. Freitas de Castro. Naquela noite inesquecível o Visconde Camamu foi corrido, pelo então Cabo Rocha, que representava as Forças Revolucionárias dos Farroupilhas.

A terceira data, também muito importante, porque é considerada por Sérgio da Costa Franco, e outros historiadores e cronistas da Cidade, como a data de fundação do Bairro da Azenha, que é 05 de agosto de 1844, quando a Câmara Municipal, em inspeção ao Bairro, acabou dando o nome ao Bairro.

Finalmente, a última data importante - porque dizem os historiadores que antes dos bloqueios normais, pois depois veio a urbanidade da Cidade se densificando, havia enxurradas muito fortes no Arroio Dilúvio, até que José Marcelino o transformasse e o canalizasse, no Arroio Dilúvio havia enchentes homéricas e que transformavam ou destruíam a ponte da Azenha - é 1935, quando o Prefeito Alberto Bins construiu a atual ponte que leva o nome do Bairro da Azenha.

Então, com essas seqüência histórica das quatro datas, queremos homenagear o Bairro em que eu sou morador e convivo muito bem com o seu desenvolvimento e para cujo desenvolvimento a associação presidida pelo Nilton Lerrer, de tão bela tradição, tem prestado serviços ao Bairro.

Portanto, a Cidade de Porto Alegre, que completa 228 anos, através da sua Câmara, que é a representação da Cidade, resolveu, em muito boa hora, em sintonia com a associação, realizar esta Sessão Solene.

Porto Alegre está de parabéns pelos seus 228 anos e, sem dúvida, a simbologia desta homenagem está caracterizada, muito bem, naquele que é o seu mais antigo bairro, aquele que traz lindas e inolvidáveis recordações da história desta grande Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): O Ver. João Dib está com a palavra, pelo PPB.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Porto Alegre, 228 anos, e eu não posso pensar nesta Cidade maravilhosa sem pensar naquele que para mim foi o seu maior Prefeito, o Prefeito do século: José Loureiro da Silva. Ele dizia, quando falava do seu orgulho em ser cidadão porto-alegrense, de aqui ter nascido, usando aquela frase lapidar, que ele fez de improviso, como sempre fazia, dizendo que: “Por mais que se abra a caixa de pandora, de onde saem todos os males, fica no fundo do coração dos porto-alegrenses a esperança de um dia melhor!” Porto Alegre é esta Cidade extraordinária que resiste a todas as caixas de pandoras que possam ser abertas.

Trouxe aqui uma citação do Dr. Walter Spalding, que quando Porto Alegre, em 5 de novembro de 1940, comemorava 200 anos da sua colonização, não da sua fundação, já que estamos comemorando 228 anos da sua fundação, ele escrevia O Sorriso da Cidade e dizia: “Embora o momento que o mundo atravessa, seja de tristeza e dores, Porto Alegre sorri. Cidade moça e bonita; engalanada como jardins na primavera, só pensa em agradar e em ser digna do amor de seus filhos e admiradores. Que lhe importa o velho mundo tão cheio de mazelas? Sem ser egoísta, olha com desdém todas essas questiúnculas expansionistas e políticas, mas se interessa pelos sofredores. Acompanha-os, embora de longe, lamentando não poder agasalhá-los a todos sob o seu manto de piedade e alegria. E, apesar de tudo, segue serenamente seu ritmo magnífico de progresso, protegida pelas divindades inigualáveis da paz e da concórdia. E ela, faceira Capital do Rio Grande do Sul, continua sorrindo a tudo; sorrindo sempre o sorriso bom e feliz dos que cumpriram e prosseguirão cumprindo o seu dever. Cada um de nós tem um dever extraordinário com esta Cidade maravilhosa, com esta Capital maravilhosa, que é a Capital de todos nós, Porto Alegre.”

Algumas pessoas marcaram profundamente a sua passagem, como foi a extraordinária figura de José Loureiro da Silva, mostrando que podíamos acreditar nesta Cidade. Depois eu citaria o Prefeito Telmo Thompson Flores e Guilherme Socias Villela, pelas obras extraordinárias que foram feitas em toda esta Cidade.

Cidade que hoje se orgulha de ter o título de Capital brasileira e melhor qualidade de vida, mas de que nós, no passado, também nos orgulhamos. Muitas vezes, vi, em 1957, o Prefeito Leonel Brizola trazer para Cidade o título de Capital Brasileira de Melhor Qualidade de Vida; vi Villela trazer meia dúzias de vezes; Thompson Flores, também. E eu, modestamente, como Prefeito, nos três anos em que fiquei, vi Porto Alegre ser escolhida como a capital brasileira de melhor qualidade de vida.

Então, realmente todos nós, vereadores, homens do Executivo, homens da Cidade, mulheres que estão nas nossas ruas, todos temos responsabilidade para que esta Cidade de 228 anos, portanto uma cidade jovem, continue sendo aquela cidade que Loureiro da Silva dizia: “por mais que se abra a caixa de pandora, de onde saem todos os males, o povo porto-alegrense tem no fundo do seu coração a esperança”. Saúde e paz.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra, pelo PSDB.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A Cidade Sorriso faz 228 anos. A Cidade Sorriso, cunhada por Nilo Ruschel; eu nunca vi um nome tão lindo como este.

No dia do seu aniversário, evidentemente, o meu grande abraço é para o Vice-Prefeito e querido amigo José Fortunati, que está sempre conosco, e que já está se tornando um símbolo da Cidade.

Eu nasci no Bairro da Azenha. A minha casa era na José de Alencar, ao lado da Praça João Alfredo, ao lado de onde mora hoje o Airton Ferreira da Silva, que jogava naquele time que o Sérgio Ilha Moreira representa aqui e que era originário da Vila Caiu do Céu. A Vila Caiu do Céu era periferia de Porto Alegre e se transformou - vou ser obrigado a falar, por respeito - no estádio do Grêmio Porto-Alegrense. A Azenha terminava na Praça Paulo Coelho. Paulo Coelho havia feito uma música maravilhosa, gravada por Oracina Corrêa, que se chamava Alto da Bronze; era um compositor maravilhoso, e quando ele morreu, a Praça, que antigamente chamava-se Praça da Saudade, virou Praça Paulo Coelho.

Na Rua da Azenha morava um grande vereador e um grande historiador desta Cidade: Ari Veiga Sanhudo. A Rua da Azenha tinha a Casa Catraca, cujo anúncio era: “Os rapazes da Casa Catraca tem cada uma!”; chamava-se reclame, naquele tempo. Havia a casa dos militares, mas havia uma casa fantástica de sapato, chamava-se “a Botinha da Zona”, que ficou famosíssima, e existe até hoje.

Mais para cá é um lugar dos meus recolhimentos, não tão religiosos quanto artísticos, e eu queria dar um abraço carinhoso ao meu Presidente que teve esta idéia magnífica de trazer aqui para a Igreja de Lourdes, o local onde em vez de rezar venho para um deleite intelectual maravilhoso, para ver os afrescos de Aldo Locatelli. Cada vez que entro nesta Igreja, eu fico encantado e extasiado com esta beleza. Lembro-me também da Padaria Esteves, que era uma das minhas seduções, e do Cinema Castelo, da família Castelo, inesquecível sob todos os pontos de vista de arte e de cultura.

Confesso para vocês que eu vinha em mangas de camisas, mas, puxa, hoje é aniversário de uma das minhas grandes musas, que é Porto Alegre, uma Cidade fantástica, aí botei uma gravata e vim para cá. Peço licença, porque para uma musa não se escreve prosa, não se faz discurso; faz-se poesia. Vou ler uma pequena poesia minha sobre a Cidade de Porto Alegre.

“Porto Alegre, Vento, Rio: / Magia da adolescência / era um certo sudoeste. / Tanto norte, tanta sorte. / Morte então, / Nem pensar. / Do sul mais profundo / erguia-se o evento / cinza cinzento. Chuva e vento... e um passarinhedo! / Cedo, do outro mundo, almas / e vidraças carpiam o arremedo / de um silêncio calmo, solidário. / Seu canto triste se ouvia ao longe. / Nada além, exceto / excêntricas manias: dedo em riste encrespava águas / batia portas / Erótico, levantava saias, / arfava pelas esquinas / e frestas uivavam vaias / aos dias gris - só extinto. / Às vezes capeta, quase metafísico, / desafeto. Outras sortilégio, / soprava recados do tempo: ora, legado dos mares / de açorianos ancestrais / ora, segredos seculares. / Ao ouvido e pele, carícia. / E tanto e sempre e mais absorto,  / eu pescava à beira do cais do porto, / mandinho, cará e lambari. / Selvagens aguapés e biguás, / diante das margens / curtiam possessivos, / um Guaíba / irreal, transbordante, / mexido. / De frio? Não! / O desprezo à aragem, / andrógina abstratessência, / sedizente - Minuano -, / garoa fina de dar medo, / ou um azul varrido de nuvens, / carregava o ócio da gênese universal. / Seu ciúme da mulher - cidade, / e da íntima promiscuidade com o rio enchente; / era a quimera distante do equinócio, / já próximo, muito próximo, / ao primeiro  jogral / entardecente da primavera. / E, se o fim da jornada / escurecia a balada dos salsos-chorões, / para quem olhasse as ilhas, / ou um ilheu qualquer / um rei se aninhava / no véu do céu, / tons do róseo ao purpuráceo, / do sangüíneo ao esvainte. / para, só no dia seguinte, / recarregadas suas pilhas, / temperar o mezzo-soprano / vento meio de ano / que congelava, surrealista, / nervos veias e ossos. / Mas, crocce e delícia, / um doce espreguiçar me aprazia / a consciência das entranhas, / como a evocação estranha / de um antigo povoado, / artesania de quarenta casais, / hoje cidade grande, / de sua obsessão pelo rio barrento, / pela lufada de ar puro, / que apita e dói / nesta saudade, / doida, antiga, / tristeza de trem partindo, / agora mesmo / cá dentro, sina / tão incompreensível / quanto o concubino trio: / Porto Alegre, vento e rio, / nostálgico desvario, / que, desde menino / aqui me traz. / E nunca mais foi-se embora; / nunca mais... / nunca mais.. !” Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra, pela Bancada do PT.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e os demais presentes.) Nossas saudações especiais aos moradores do Bairro Azenha e a todos os demais moradores da Cidade que comparecem a esta Sessão. Falar na homenagem aos 228 anos de nossa Cidade, nos faz refletir sobre que cidade é esta com sua história recheada de lutas, disputas e muita vida. Cidade que faz questão de respeitar as diferenças, onde a disputa política, historicamente, é feita, permeada por paixões, mas não dispensa a razão. Onde nossos bairros, vilas, nossas casas, abrigam cidadãos que cada vez mais têm fome, mas fome não só de comida, mas de diversão, de participação e construção de uma sociedade justa e fraterna.

Pensar nossa Cidade, com 228 anos, depois da chegada dos açorianos e de todos os habitantes que aqui moravam, nossos irmãos índios, é pensar em como vamos preservar a nossa cultura, a nossa origem e, também, em todo nosso patrimônio ambiental e histórico, para que daqui a 228 anos possamos olhar para nossos morros com vegetação, que possamos curtir o nosso pôr-do-sol e vivermos em harmonia com o nosso rio.

Nossa Cidade, este porto alegre de se viver, convive com problemas: multidões de desempregados a cada pôr-do-sol são excluídos e viram miseráveis; às portas da nossa Cidade batem imigrantes, que fugindo da fome engrossam nossas ocupações. Sabemos que tudo isso é fruto de um  modelo de sociedade instalado em nosso País, que em quinhentos anos empobreceu nosso povo e enriqueceu uma minoria. Mas aqui é outra história; aqui construímos outra história para todos nós. Nossa Cidade não é uma ilha, mas continuará enfrentando e superando desafios na busca da, sonhada por todos nós, cidade de um porto muito alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): A Ver.ª Clênia maranhão está com a palavra pela Bancada do PMDB.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Depois de ouvirmos Vereadores que já falaram da nossa história, que já resgataram a história da Azenha, que se expressaram pelos poemas, falaram das demanda da Cidade, eu só queria dizer que nesses 228 anos de Porto Alegre, foi muito importante podermos fazer parte dessas comemorações, saindo de dentro da sede do nosso parlamento, podendo estar mais próximos da Cidade, através do convite do Presidente da Associação da Nova Azenha. Isso faz com que possamos resgatar um pouco o nosso papel de parlamentar, que nada mais é do que ser o interlocutor entre os anseios da comunidade e a fazer com que, sendo o interlocutor desses anseios, possamos realizar suas demandas.

Em 1870, os moradores da Azenha, mostrando que essa região já era habitada, solicitavam que essa realidade fosse considerada e aqui implantaram o sistema de iluminação da época. Penso que quando comemoramos 228 anos, os moradores de Porto Alegre preservam essa tradição, reivindicam que os Vereadores de Porto Alegre aqui estejam. Esperamos que assim como os Vereadores da época, os representantes daquela da época, passando então pelo caminho de Belém, chegaram para verificar o que hoje chamamos de uma demanda da comunidade, também possamos responder a esses anseios fundamentais da população da Azenha, que é a preservação do seu comércio, o desenvolvimento das suas entidades produtivas, e fazer com que, através disso, possamos preservar os empregos daqueles que daqui conseguem ocupar a sua mão-de-obra. Evidentemente, não poderia ser melhor o lugar para fazer isso do que a Azenha, que tem essa trajetória de reivindicação e de luta. Acredito que ao resgatar essa história, estamos reafirmando esse compromisso que segue o mesmo, dos moradores e, seguramente, do Parlamento Porto-Alegrense. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra pela Bancada do PSB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.), representante da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Padre Vigário Vicente Canapaum, a quem faço uma saudação por ter sido meu colega no Colégio das Dores, na época em que ainda não era padre, e recentemente o encontrei na Igreja São Jorge. Parabéns por estar nesta Paróquia. Saudando o Vigário Vicente e falando nesta Paróquia, onde sinto-me bastante à vontade, porque, no dia 11 de janeiro de 1975, tive a felicidade de aqui me casar, há 25 anos.

Eu nasci no Bairro Menino Deus, e é um bairro ligado à Azenha. Ouvindo o Ver. Cláudio Sebenelo, quando ele falava do Nilo Ruschel, e do Alto da Bronze, lembrei que eu morava perto da casa do Nilo Ruschel, e vivia na casa do Alberto do Canto, que era um compositor; essas coisas nos trazem muito à memória.

Vendo a questão da Azenha e o seu comércio, esse comércio que precisamos reativar cada vez mais, porque acredito na pequena economia, na economia informal, naquela economia que precisa cada vez mais gerar rendas; aqui sempre foi um templo disso. Vou fazer um relato de três casas que na minha infância me marcaram muito. A Casa Catraca que já foi citada; a Botinha da Zona; e quem não se lembra das famosas Liquidações da Casa Lú? Todas as casas de autopeças, mas quero fazer um resgate muito importante do Cinema Castelo. Há um livro do Josué Guimarães, que foi nosso companheiro do PSB, que foi Vereador da Cidade de Porto Alegre, ele retrata muito bem o Bairro Azenha, no Livro Camilo Mortágua, quando ele consegue colocar toda a história dentro do Cinema Castelo. Ele fala com sutileza das pessoas que vinham de fora e ficavam neste Bairro, davam as suas fugidas na Cabo Rocha, e aqueles que tinham o poder aquisitivo iam um pouquinho mais longe, iam até a Praia de Belas. Isso me faz reviver, com bastante espontaneidade, algo que foi da minha infância. O próprio Ver. Cláudio Sebenelo, na minha infância, tive oportunidade de vê-lo como goleiro do Grêmio Náutico Gaúcho, quando não íamos jogar no Campo do Nacional. Toda minha família se criou bem pertinho, onde antigamente havia o arroio da Érico Veríssimo, que era a antiga Chácara das Camélias. A história da Azenha está muito ligada à minha história de vida pessoal e à história da Cidade. Como é fácil falarmos do que vivemos.

Sr. Presidente, Ver. João Motta, quero parabenizá-lo e parabenizar a Câmara por trazer esta Sessão, reportando a um dos bairros mais antigos. Essa característica que é importante: o que este Bairro sabe fazer como poucos, talvez na Av. Assis Brasil se faça ainda, é a questão da geração de empregos. Isso é muito importante, e aqui se faz muito bem. É um dos poucos lugares em que o comércio ainda permanece, nessa nova construção que alguns dizem que não tem mais volta, das gerações do shoppings. Aqui permanece o comércio e é intenso. Esta Cidade em que eu nasci, em que acredito e em que vivo, que tem a maior qualidade de vida, que tem o menor índice demográfico, é uma Cidade em que ainda podemos viver, e muito bem. Nós, como parlamentares, temos essa responsabilidade de procurar cada vez mais gerar uma cidade melhor, já que nos deixaram isso, temos de passar aos demais.

Portanto, parabéns a todos nós que escolhemos Porto Alegre para viver. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): Com a palavra o Ver. Lauro Hagemann que fala pela Bancada do PPS.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Estamos comemorando 228 de Porto Alegre. A cada ano que passa esta Cidade parece mais jovem.

Parafraseando o Mário Quintana em Cidade dos Nossos Andares. Esta Cidade merece um canto alegre de cada um de nós neste dia, porque eu a considero uma das cidades mais bonitas do mundo. Tenho andando um pouco por aí, mas é aqui que sentimos a beleza natural.

Eu quero, neste breve discurso de saudação, registrar uma característica muito importante para mim: Porto Alegre é uma Cidade que, nesses últimos cinqüenta anos pelo menos, nos quais eu vivo aqui, e antes disso, pela história, sempre foi uma cidade progressista. Ela nunca cedeu lugar às concepções passadas, sempre esteve voltada para o futuro. É isso que temos de continuar mantendo: Porto Alegre é a Cidade do futuro. Estamos aqui para contribuir nessa construção, neste dia especial em que se comemoram apenas 228 anos da Capital Gaúcha. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: É com muita honra que esta Presidência concede a palavra ao Presidente da Associação Nova Azenha, Sr. Nilton Lerrer.

 

O SR. NILTON LERRER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) o Bairro Azenha vive hoje um dia muito especial, porque quando a Mesa da Câmara decidiu nos escolher para realizar a sua Sessão Solene externa, em comemoração aos 228 anos da nossa querida Porto Alegre, recebemos tal escolha, como um privilégio, mas um privilégio que se justifica, em parte, pelas relações históricas do Bairro com a Cidade. Não vou repetir todas as referências já tão bem enumeradas por aqueles que me antecederam. Apenas lembraria que o Chico da Azenha, que é uma figura conhecida do Bairro, que foi nominado pelo Ver. Nereu D’Avila, também foi quem construi a primeira ponte da Azenha. Assim como foi também de uma casa localizada na hoje Princesa Isabel, na nossa Praça Princesa Isabel, onde partiu a primeira escaramuça da Revolução Farroupilha, que viria a durar dez anos.

A Azenha se reafirma como um centro de pequenos e médios comerciantes e vive os problemas inerentes a essa condição. É por demais sabido, e já foi também aqui comentada a globalização da nossa época, e o grande desafio é integrar-se nesse movimento sem perder suas características locais; e sobreviver, e conseguir dar trabalho às pessoas que aqui habitam, àquelas que o fazem mais recentemente, outras que já vem de gerações anteriores. A Azenha é um bairro que tem o privilégio da boa localização, pois está muito próxima do Centro, é uma via de acesso a Zona Sul e debruça-se junto com o Menino Deus sobre o nosso Guaíba.

Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para reafirmar a posição da Azenha, publicamente, o que já foi feito também na Câmara Municipal, a respeito do comércio aos domingos. A comunidade empresarial da Azenha não é a favor da abertura do comércio aos domingos. Entendemos que esse tipo de comportamento só viria a corroborar e acirrar essa disparidade de forças que hoje podemos assistir no mundo em que vivemos.

Gostaria também de salientar o aspecto quase informal dessa solenidade, os sentimentos que aqui foram expressados por tantos oradores que têm uma intimidade com o nosso bairro, que aqui têm vivências passadas e que relataram coisas que realmente nos tocam, sobremaneira, e nos fazem sentir entre amigos.

A Porto Alegre de hoje nos encanta e nos orgulha; temos um sentimento crescente de amor por esta Cidade, como já salientou o nobre Ver. João Dib. Múltiplas são as suas atividades culturais, são tantas que nós mesmos não podemos acompanhar a todas, por mais que elas nos interessem. São quadras esportivas, museus, shows populares ao ar livre, passeios pelo Guaíba, procissão, o carnaval de rua, o nosso pôr-do-sol. É bem verdade que na época do milagre brasileiro, algumas jóias arquitetônicas da Cidade foram perdidas e destruídas para dar lugar a construções novas. No entanto, a partir da votação do patrimônio histórico, vimos também crescer essa consciência preservacionista das jóias arquitetônicas que temos, e hoje isso é um patrimônio preservado. Temos vários prédios no Centro, na Praça da Alfândega, na Rua Duque de Caxias, a nossa Biblioteca Pública, que são verdadeiros testemunhos da nossa história. Ao visitar países do Velho Mundo, constatamos que lá o novo não substitui o velho; o novo se agrega ao velho. Em outros locais essa consciência é sumamente importante.

Por todas essas questões é que eu enalteço a atenção que tiveram os srs. vereadores com a nossa comunidade e a responsabilidade que têm os governantes, tanto do Poder Executivo Municipal, quanto os da Câmara, com as suas ações, com os seus votos em relação aos problemas da Cidade. Ao mesmo tempo em que agradecemos a homenagem que a Câmara hoje nos dispensa, apelamos aos vereadores que antes das divisões ideológicas e partidárias que eles usem cada vez mais esse sentimento de cidadania, de fraternidade e de amor pela nossa Cidade na votação dos seus problemas, pois este resultado será o legado que esta Casa deixará às gerações futuras, transmitindo assim um sentimento misto de orgulho, saudade, e êxtase, como aquele que foi expresso pelo nosso poeta maior, Mário Quintana, quando disse: “Sinto, ao olhar o mapa da Cidade, / é como se examinasse a anatomia de um corpo / sinto uma dor profunda / das ruas de Porto Alegre, / onde jamais passarei. / Há tanta esquina esquisita, / tanta nuança de parede, / há tanta moça bonita / nas ruas em que não andei; / e há uma rua encantada, / que nem em sonho sonhei. / Quando eu for um dia desses, / poeira ou pedra levada, / no vento da madrugada, / serei um pouco do nada: invisível, delicioso, / que faz com que teu ar pareça  / mais um olhar suave mistério amoroso, / Cidade do meu andar, / deste já tão longo andar / e, talvez, do meu repouso.”

Gostaria de complementar, solicitando a minha mulher Silvia que entregasse ao Presidente da Mesa, Ver. João Motta, uma homenagem da Associação Empresarial Nova Azenha. Muito obrigado.

 

(É feita a homenagem.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Motta): Em nome da Mesa da Câmara Municipal de Porto Alegre, agradecemos a lembrança da Associação.

Para encerrarmos esta Sessão, é com muita honra que passamos a palavra ao Vice-Prefeito, José Fortunati.

 

O SR. JOSÉ FORTUNATI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os compenetres da Mesa e demais presentes.) Senhoras e Senhores, o Ver. João Dib lembrou muito bem que esta Cidade tem uma qualidade de vida, certamente, invejável. No ano de 1988 a ONU, Organização das Nações Unidas, através do chamado índice de desenvolvimento humano, deu a Porto Alegre o título de Metrópole de Melhor Qualidade de Vida do Brasil.

No início deste ano, a Fundação de Economia e Estatística, depois de um estudo profundo, acabou destacando a Capital de todos os gaúchos, como a cidade de melhor qualidade de vida do Rio Grande do Sul. Todos temos consciência de que isso não ocorre por acaso, certamente é decorrência de todo um trabalho que a população de Porto Alegre vem realizando ao longo do tempo,...

 

(Interrupção na gravação.)

 

... politizada, com entidades que no dia-a-dia constróem a Cidade, com uma população aguerrida, com uma população exigente e com uma população absolutamente e extremamente participativa.

Quero em nome do Prefeito Raul Pont, fazer uma homenagem a todos aqueles que nesses 228 anos ajudaram a construir, concretamente, a nossa Cidade.

Tomo a liberdade, caro Presidente, Ver. João Motta, de aqui homenagear o Ver. João Dib, e ao homenageá-lo quero homenagear a todos os ex-Prefeitos que levaram o seu trabalho com dedicação, com garra, num trabalho extremamente importante na consolidação dessa qualidade de vida.

Quero cumprimentar também o Ver. Lauro Hagemann, e ao cumprimentá-lo, quero cumprimentar a todos os Vereadores que tanto têm contribuído, ao longo da história, e continuam contribuindo, para que a nossa Legislação seja mais pertinente e a mais adequada possível.

Ao cumprimentar o Presidente da Associação Nova Azenha, cumprimento todas as entidades, sejam elas empresariais, de trabalhadores, de associações de moradores e tantas outras, que no nosso cotidiano constróem e tecem essa verdadeira teia que consolida a Cidade de Porto Alegre com o seu dinamismo, com a sua pujança e com seu calor humano.

Não tenho dúvidas de que, ao comemorar os 228 anos desta Cidade, estamos comemorando algo que perpassa, certamente, a nossa boa vontade e que mostra que esta Cidade, que é a Cidade Sorriso, felizmente tem muito a apresentar ao mundo inteiro.

Hoje somos uma referência internacional em termos de qualidade de vida, em termos de ambiente, de meio ambiente, em termos de cultura, em termos de participação popular. Tenho a convicção e a certeza de que cada um de nós, e tantos outros que aqui não estão, ajudam a construir no cotidiano, de forma concreta, esta Capital da qual todos nós nos orgulhamos. Por isso, todos estamos de parabéns. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

 O SR. PRESIDENTE (João Motta): Gostaríamos, em nome da Mesa Diretora, de todas as Senhoras e Senhores Vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre, agradecer a presença de todos.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Rio-Grandense, que será executado pela Banda da Brigada Militar.

 

(É feita a apresentação da Banda da Brigada Militar, que executa o Hino Rio-Grandense.)

 

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h28min.)

 

* * * * *